As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) são um problema de saúde comum e grave que pode afetar qualquer pessoa que tenha relações sexuais. As infecções sexualmente transmissíveis podem variar de doenças que causam sintomas ligeiros a problemas graves de saúde a longo prazo, caso não sejam diagnosticadas e tratadas precocemente. Saber mais sobre as DST, seus sintomas, formas de prevenção e tratamento pode ajudar a proteger sua saúde e a de seus parceiros sexuais.
As doenças sexualmente transmissíveis (DST), também conhecidas como infecções sexualmente transmissíveis (IST), são causadas por bactérias, vírus ou parasitas que podem ser transmitidas durante uma relação sexual desprotegida. Isso inclui sexo vaginal, sexo oral e sexo anal, sem o uso de preservativos ou outros métodos de barreira. Além disso, algumas DSTs também podem ser transmitidas através de sangue contaminado, da partilha de agulhas ou de mãe para filho durante o parto.
As DSTs mais comuns incluem clamídia, gonorreia, herpes genital, sífilis, HPV (vírus do papilomavírus humano) e hepatite B. Muitas dessas doenças podem ser silenciosas, ou seja, a pessoa infectada pode não apresentar sintomas, mas ainda pode transmiti-las para outros.
As DSTs podem ser transmitidas de diversas formas, mas a via mais comum é através de relações sexuais desprotegidas. Isso inclui contato vaginal, anal e oral. Além disso, o contato pele a pele com áreas infectadas, mesmo sem penetração, pode transmitir algumas doenças, como o herpes genital e as verrugas genitais.
O HPV, por exemplo, pode ser transmitido pelo contato oral-genital. Outro risco importante é a transmissão de DSTs de mãe para filho durante o parto, como é o caso da sífilis, gonorreia e hepatite B, que podem causar complicações graves no recém-nascido.
Nos Países Baixos, e em muitas outras regiões, as DSTs mais comuns incluem:
Nem todas as pessoas com uma doença sexualmente transmissível apresentam sintomas. No entanto, quando os sintomas aparecem, eles podem variar bastante, dependendo da infecção.
O diagnóstico de uma DST é feito por meio de exames clínicos e laboratoriais, como testes de sangue, urina ou amostras de secreções. É importante realizar testes regulares, especialmente se você é sexualmente ativo com múltiplos parceiros ou se houve uma exposição sem proteção. Testes regulares são fundamentais para detectar doenças como clamídia e gonorreia, que podem ser assintomáticas.
Se não forem tratadas adequadamente, as DSTs podem causar complicações graves. Por exemplo, a gonorreia pode causar infertilidade em mulheres ao provocar doença inflamatória pélvica (DIP), uma infecção que afeta os órgãos reprodutores. Além disso, infecções não tratadas aumentam o risco de desenvolver doenças como o HIV, e algumas infecções, como o HPV, podem levar ao câncer do colo do útero ou outros tipos de cânceres genitais.
Nas mulheres grávidas, infecções como sífilis e hepatite B podem ser transmitidas ao bebê durante o parto, causando complicações como cegueira, pneumonia ou até mesmo a morte.
Usar preservativos de forma consistente e correta durante todas as relações sexuais (vaginais, anais e orais) é uma das maneiras mais eficazes de reduzir o risco de contrair ou transmitir DSTs. Embora o preservativo não proteja contra todas as doenças, como o HPV, ele oferece proteção significativa contra a maioria das DSTs.
Vacinas para o HPV e para a hepatite B são altamente eficazes na prevenção dessas doenças. É recomendado que jovens, tanto meninos quanto meninas, sejam vacinados antes de iniciarem a vida sexual, geralmente entre os 24 anos e os 25 anos.
Ter múltiplos parceiros sexuais aumenta o risco de exposição a DSTs. Manter um relacionamento monogâmico com um parceiro testado é uma das formas de prevenção.
Realizar testes regulares de DST é essencial para garantir que qualquer infecção seja detectada precocemente e tratada antes de causar complicações. Isso é especialmente importante se houver múltiplos parceiros ou se houver suspeita de exposição.
Se você ou seu parceiro tem uma DST como herpes genital, evite o contato sexual durante surtos ativos para reduzir o risco de transmissão.
O tratamento de uma doença sexualmente transmissível é feito com base no tipo de infecção. As infecções bacterianas, como clamídia e gonorreia, são tratadas com antibióticos. Já infecções virais, como herpes genital e HIV, não têm cura, mas os sintomas podem ser gerenciados com medicamentos antivirais para reduzir a frequência dos surtos e a transmissão.
É crucial que todos os parceiros sexuais sejam testados e tratados para evitar a reinfecção. O tratamento precoce é a chave para evitar complicações de saúde a longo prazo.